quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

É estranho viver.
Esse não é o título, é o começo do meu texto mesmo, porque realmente é muito estranho viver, e só é estranho e difícil porque existem os sentimentos. Essa coisa chamada sentimento que vive confundindo e enganando a gente, fazendo a gente as vezes deixar a razão de lado, ou mesmo que você seja forte o bastante para seguir a razão, sempre vai vir aquele frio na boca do estômago.

Eu nunca fui muito emocional, enquanto todas as meninas da 3ª série escreviam cartinhas de amor platônicas para meninos que ainda tinham dentes de leite eu brincava de boneca, já cheguei a pensar que nunca iria gostar de alguém, na verdade já até me perguntei se eu seria lésbica, mas também não gostava das meninas. Só na quinta série fui gostar de um garoto loirinho e sem graça que para mim era o máximo. Quando parei de gostar do loiro aguado, usando a razão, eu pensei: preciso gostar de alguém, todo mundo gosta. Foquei no meu vizinho...era bonitinho, mais velho, por que não? Fiquei um tempão numa paixão forçada pelo meu vizinho até os meus 14 anos.

Eba, matinê! Era tudo o que eu precisava, aprendi muitas coisas nas matinês. Com certeza meu primeiro beijo não foi um conto de fadas, e racionalmente eu pensava em como podia melhorar, já treinei no espelho e com certeza não é a mesma coisa. Teve um beijo em especial que marcou minha era de aprendizado, ele era tão monótono e contínuo que fez tudo o que aprendi na revista Capricho ir por água abaixo, lá sempre dizia: feche os olhos e deixe rolar. Deixei rolar e tive o pior beijo de todos, decidi então tomar controle da situação e dos beijos também.

Agora, esse texto está ficando muito íntimo, esse papo todo de beijos foi só para vocês verem o quanto eu era racional.

Com quinze anos um loiro de aparelho que eu fiquei um dia me pediu em namoro, eu pensei “nunca namorei, quero ver como é. Se todo mundo namora deve ser legal” aceitei, no final de semana seguinte trai o garoto (terminei com ele logo depois, claro, não ia fazer o coitado de bobo).

Fiquei um tempo nesses “gostares mecânicos” e sem sentimentos até que aprendi a gostar de alguém e ai que vem o problema, com esse gostar eu deixei de lado vários detalhes importantes, ignorei sinais e fui em frente, precisei de muitas sacudidas e só agora eu vejo o quanto fui completamente emocional.

Quando tudo terminou voltei a ser aquela pessoa racional, sempre tentando pensar bem no que era melhor, acho que eu tinha medo, eu tentava ser “razão” porque eu não queria que as pessoas vissem o que eu sentia. Sem querer conheci uma pessoa tão especial, e lutei tanto para não me apaixonar, mas não consegui, e agora estou completamente envolvida nesse sentimento mas preciso usar a razão, mais do que nunca preciso me concentrar no que é certo e não no que eu acho que pode dar certo.

Por isso é estranho viver, essa batalha constante entre a razão e a emoção que deixam as pessoas vulneráveis. Seria mais fácil se os sentimentos não existissem, mas ai então qual seria a graça? Eu amo amar e vou continuar a ser racional.

5 comentários:

Thaís SBA disse...

Thatinha...vc sabe minha opiniao sobre sentimentos no dia de hj. Se eu estivesse isenta deles, estaria comendo e vivendo, mas nao estou comendo e morrendo praticamente. Mas nao vou deixar de me apaixonar, assim espero. O ser humano é movido a paixão. E essa fase ruim tem que passar, puta que o pariu. Eu sempre fui racional, mas nao tao fria como vc hehehe. Mas sentimentos são uma verdadeira dádiva e um verdadeiro veneno.

Bjos linda.

Anônimo disse...

Eu amei 3 vezes na minha vida!

E essa última está sendo mais um aprendizado! Não posso dizer o que está sendo mais evidente, meu lado emocional ou o racional.

Acho que você melhor do que eu pode definir isso...

Confesso que achei vc no começo muito mais racional, agora vejo que ambos nos entregamos muito mais. E está sendo perfeito!

Não vamos pensar muito... afinal, amar e deixar o seu coração dominar. E pensar sempre no que pode dar certo...

Anônimo disse...

Oi Tha... As confissões do nosso "eu" sempre são difíceis de fazer... Acho incrível como você consegue trazer seu interior à tona com tanta facilidade (pelo menos parece que é fácil, né).
Você está certa em hoje mesclar as duas coisas... amor não sobrevive sem a razão (senão, vira paixão - efêmera) e a razão não vive sem o amor (senão, vira loucura).

Pode deixar que depois do outro dia, tenho entrado sempre para ver se tem texto seu... obrigado pelos comentários no meu blog!!! E somente queria deixar claro que o gato-baleia realmente não parece gordo nas fotos, mas é uma pelanca só... hahaha...

Beijos!!
Hugo

Anônimo disse...

Não vai mesmo escrever um livro ??? Eu ajudo a publicar !!! hahaha
Que assunto hein ... achei legal a sua historinha emocional ... a minha é complicada meu primeiro bjo tb foi forçado pq todos meus amigos já tinha bjado alguma menina e eu ainda não ... aí a primeira que abraçou a idéia eu bjei ... e foi péssimo ...

Já tentei ser racional, emcional, já fiz de tudo para amar do melhor jeito, mas depois de duas experiências inesquecíveis com esse troço chamado amor só chego a conclusão que não existe fórmula pra se amar, é algo que está mto além do nosso controle e racionalidade ... portanto hoje em minha jornada apenas deixo que as coisas aconteçam ....

bjooooooooo

ღ mey ♥¨`*•.¸¸.•*´¨♥ღ disse...

nossa, pelo visto o ano novo seu foi mt bom... bejaum!!! espero que visite meu blog tbm!!